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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

(Brasil - meios de comunicação) - TV Globo dá mais um exemplo de antijornalismo

Jornal Nacional omitiu a informação sobre a concessão pelo jornal Le Monde do título de Personalidade do Ano a Lula

Mário Augusto Jakobskind

A TV Globo, mas precisamente o Jornal Nacional, deu mais um exemplo concretizo de antijornalismo ao ignorar um fato relevante ocorrido no último dia 24 de dezembro: o título de personalidade do ano concedido pelo jornal Le Monde ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O conceituado jornal francês ao conceder galardão do gênero a Lula, pela primeira vez em 65, não deixou de mencionar a existência de graves carências sociais não resolvidas na Era Lula. Ou seja, Le Monde faz jornalismo e não omite fatos, ao contrário do procedimento da TV Globo neste e em muitos outros episódios.

Uma informação da natureza da que ocorreu no Le Monde é notícia de destaque, por mais ódio que tenha o órgão de comunicação ao agraciado. A família Marinho tem o direito de criticar Lula, de forma jornalística, mas não pode agir como agiu no episódio em questão ou em outros ao longo de sua história. Não deve esquecer que a TV Globo não é proprietária do canal onde ela transmite a sua programação, pois o canal é uma concessão do Estado brasileiro, o verdadeiro proprietário. E que teoricamente o canal pode ser renovado ou não.

O silêncio do Jornal Nacional da Globo foi, sem dúvida, um desrespeito ao telespectador, inclusive os que já tinham a informação do Le Monde, talvez a notícia mais relevante daquela véspera de Natal. Não poucos telespectadores acreditavam que para se penitenciar do silêncio, a TV Globo noticiaria o fato no seu Jornal da Noite, que na verdade é um Jornal da Madrugada, pois dificilmente vai ao ar antes da meia noite. Mas, talvez por se tratar de uma noite ou madrugada de Natal, o tal Jornal nem foi ao ar. Ou seja, os tais milhões de telespectadores da TV Globo não foram informados a respeito do título de Personalidade do Ano recebida por Lula, que na semana passada tinha sido também homenageado pelo jornal espanhol El Pais.

A TV Globo simplesmente repetiu o que tem feito o departamento de jornalismo ao longo de sua história, ou seja, com o silêncio ou manipulação de fatos relevantes. Foi assim em 1989 quando a emissora da família Marinho editou um debate entre Fernando Collor e Lula, favorecendo o primeiro, que contava com a preferência da família proprietária.

Outro fato que pertence a história da emissora, também conhecida como Vênus Platinada, ocorreu em outubro de 1982, quando da eleição para Governador do Estado do Rio de Janeiro. A família, então capitaneada por Roberto Marinho, tentou de todas as formas, inclusive na base da fraude, evitar a vitória do inimigo histórico das Organizações Globo, Leonel de Moura Brizola.

Ocorreu um episódio conhecido como Proconsult, em que a TV Globo noticiava erradamente a contagem dos votos, dando mais ênfase a áreas onde o então candidato Moreira Franco tinha mais peso. No final, a fraude favoreceria Moreira Franco, que na época tinha o apoio do ditador de plantão, General João Batista Figueiredo. Graças à equipe da rádio Jornal do Brasil, então comandada pelo jornalista Procópio Mineiro, a manobra foi descoberta e desmascarada.

Na rádio JB encontrava-se, na condição de estagiário, o hoje diretor executivo de jornalismo da Rede Globo, Ali Camel.

Pois bem, 20 anos depois do episódio da Proconsult, Camel escreveu um artigo negando que a Rede Globo tivesse alguma responsabilidade no episódio em questão. Foi desmentido pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, testemunha da tentativa de fraude que acabou sendo denunciada em tempo, vale sempre repetir, graças ao trabalho de formiga da equipe da rádio JB. Camel deixou cair a máscara, pois acompanhou de perto a manipulação, tentando apagar o fato 20 anos depois.

Pouco antes, o próprio Camel, ao mais puro estilo stalinista, ou seja, omitindo fatos e deturpando a história, escreveu que a Rede Globo noticiou o comício das diretas que ocorria em São Paulo no longínquo primeiro trimestre de 1984. Camel, já desmoralizado, foi novamente desmentido por Paulo Henriqe Amorim.

Todos os fatos aqui mencionados fazem parte da história do jornalismo da TV Globo, que por mais que os membros da família proprietária e seus prepostos tentem omitir não conseguem.

Na mesma tônica da manipulação ou silêncio de fatos relevantes que não interessam à poderosa família, insere-se o linchamento protagonizado pelas Organizações Globo contra o duas vezes governador do Estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola.

O próprio Camel, em junho de 2004, uma semana antes da morte de Brizola, escrevia artigo no jornal do mesmo nome culpando o ex-governador pela violência no Rio de Janeiro. Camel, possivelmente a pedido da família que lhe paga o (alto) salário executivo manipulou grosseiramente com o objetivo de reforçar a queimação a Brizola.

Camel manipula tanto que chegou a ponto de escrever um livro em que assinala a inexistência de racismo no Brasil.

A TV Globo também é responsável por mais diversos exemplos de manipulação informativa, sejam elas grosseiras ou sofisticadas. Para se ter uma idéia, segundo testemunhas de gente da casa, ou seja, da própria TV Globo, hoje todo o noticiário em torno do candidato à Presidência da República, José Serra não é editado antes de passar pelo crivo de Ali Camel.

É bom que este fato seja divulgado, sobretudo nesta antevéspera do início de novo ano de 2010, que no mês de outubro será o tempo de uma eleição presidencial que decidirá quem será o sucessor do dirigente político brasileiro considerado pelo jornal Le Monde como a Personalidade do Ano de 2009.

É isso. Diante de fatos históricos, não se pode deixar de lembrar verdades, por mais que elas não sejam de agrado dos big-shots da mídia nacional. E também prevenir sobre o que vem por aí em matéria de manipulação jornalística em favor dos candidatos preferenciais da família Marinho, uma família que nega discutir a mídia, como aconteceu na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada nestes dias em Brasília.

Se alguém pensa que isso é uma outra história, engana-se. É uma história que também se insere no mesmo contexto dos fatos mencionados nestas linhas.

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