O que se esconde atrás de previsões golpistas
Mário Augusto Jakobskind
A revista Newsweek agora faz exercício de futurologia de agrado de golpistas com ramificações nos Estados Unidos. A publicação “previu” a deposição do Presidente Hugo Chávez por militares.
Na verdade, esta previsão golpista deixa claro o desejo da publicação e revela ainda que a Newsweek se alinha definitivamente no rol da mídia golpista latino-americana.
Por estas e muitas outras, publicações do gênero deixaram de fazer jornalismo propriamente dito e se alinharam às correntes extremistas de direita que não se conformam com o fato de o continente latino-americano deixar claro que não aceita mais a prédica segundo a qual a região é um quintal ou pátio traseiro dos Estados Unidos.
Outras publicações do gênero Newsweek fazem o mesmo tipo de jornalismo alinhado ao golpismo das elites, que em tempos passados tornaram países da América Latina, como o Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia “centro de torturas”, ensinadas inicialmente por instrutores franceses, que cometeram inúmeros crimes contra a humanidade durante a guerra de libertação da Argélia, e posteriormente por especialistas estadunidenses.
Newsweek é igual à revista Veja e outras publicações que não escondem a linha de defesa intransigente de poderosos interesses econômicos.
De quebra, a mesma Newsweek previu a morte de Fidel Castro, que foi tentada inúmeras vezes pelos serviços de inteligência estadunidenses ao longo as últimas cinco décadas. Como hoje os tempos são outros, as referidas publicações tornaram-se peças importantes no esquema de impedir que o continente latino-americano aprofunde as reformas necessárias para melhor a qualidade de vida dos povos da região.
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