Governo do Estado do Rio contrata cacique Cobra Coral para neutralizar as chuvas na festa do fim de ano
Mário Augusto Jakobskind
O ano de 2009 se encerra com a contratação pelo governo do Estado do cacique Cobra Coral. O objetivo é fazer com que não chova na passagem do ano o que atrapalharia a festa programada. É o caso de perguntar: quem autoriza este tipo de gasto? Afinal, como o senhor Sergio Cabral e o seu partner Eduardo Paes manejam dinheiro púbico que é resultado de nossos impostos, é o caso de questionar a contratação. O cacique faturou também na gestão de César Maia, o ex-prefeito que administrava a cidade via web.
Ninguém questionou quanto foi gasto com o esquema Cobra Coral ou cobrou a presença do Estado nos momentos em que a população vive o eterno drama das chuvas.
Mas se a moda pega, e parece que está pegando, Cabral e Paes vão ter que contratar o Cobra Coral para evitar novos apagões, como o que acontece volta e meia em vários bairros do Rio de Janeiro, inclusive no momento que estas linhas estão sendo elaboradas, no Leblon, onde reside o Governador, que também tem uma tremenda propriedade num resort em Portobello, um dos mais caros da região da Rio-Santos.
Nesta entrada de ano, apesar de ser um momento de festa, os cidadãos contribuintes precisam ficar atentos, porque é nestas horas que o Poder Público faz coisas sem nenhum tipo de cobrança. Todo cuidado é pouco, até porque não é a todo momento que aparece algum dissidente da patota, como aconteceu em Brasília, para denunciar as maracutaias.
Além do questionamento da contratação do cacique Cobra Coral, uma pergunta deve ser feita em relação à propalada vitória do Estado contra os narcotraficantes em algumas favelas da zona sul carioca. Onde andam os traficantes expulsos das comunidades? Estão comemorando a entrada de 2010 em que locais? Desapareceram como num passe de mágica?
Outra coisa: que tipo de presença do Estado, que não a policial das tais unidades pacificadoras armadas até os dentes, acontecerá em 2010? Vai ter hospital, postos de saúde, condições dignas de moradia infra-estrutura nas áreas mencionadas? Cabral vai mais uma vez querer enganar os incautos com promessas geralmente não cumpridas e apresentará o combate aos traficantes como uma das realizações de seus quatro anos de governos. Mas não será informado o número de vítimas inocentes que perderam a vida com as balas resultantes dos confrontos em áreas pobres da cidade. As estatísticas mostram que a polícia do Rio mata pelo menos cinco por dia, que aparecem catlogados nos autos de resitência por terem reagido a ação policial.
Aguardem o desenrolar dos acontecimentos para verificar se os alertas colocados aqui vão ou não se efetivar ao longo de 2010, um ano eleitoral em que muita gente do mundo político vai vender gato por lebre.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
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A verdade é que ninguém vê as coisas boas que Cabral tem feito. Criticam o governo de Cabral, mas esquecem como eram os anteriores.
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