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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Brasil - Direitos Humanos) - A quadragésima morte de Mário Alves

Ameaça de bomba, possivelmente de remanescentesdos porões da ditadura, interrompe ato em homenagem a Marighella na Caixa Econômica do Rio

Ana Maria Müller (*)

Sexta Feira, 15 de janeiro de 2010 os patrocinadores da Exposição sobre Carlos Marighela, promoveram o encerramento da mesma, e convidaram para a exposição de um filme sobre a trajetória do líder revolucionário à qual seguiria homenagens a familiares de Combatentes mortos pela repressão da Ditadura, dentre esses seria feita homenagem a Lucia Alves, filha de Mário Alves de Souza Vieira, preso político morto nas dependências do DOI-CODI no Rio de Janeiro,na madrugada de 16/17 de janeiro de 1970 e cujo corpo se encontra desaparecido até hoje.

Centenas de pessoas atenderam o convite feito e compareceram na sede da Caixa-Cultural, na Av. Almirante Barroso, centro do Rio de Janeiro.

Quando cheguei vivi a alegria de ver a quantidade de amigos e companheiros presentes ao evento e seguida da perplexidade de saber que nem todos poderiam participar, pois dependia de senhas que deveriam ser retiradas um tempo anterior à exposição do filme e a direção da Caixa não permitiu a colocação de cadeiras extras ou qualquer outra solução que abrigasse as centenas de pessoas que ali estavam. Estava ali para, sobretudo, abraçar minha amiga ZIDA XAVIER PEREIRA, militante emblemática da ALN, que teve a família assassinada pela repressão do Estado ditatorial – 2 filhos: Iuri e Alex - e seu genro Arnaldo, além de inúmeros companheiros que deram suas vidas pelo ideal revolucionário.

Não sabia das outras homenagens.

Após os debates e dado início às homenagens, dá-se a noticia que havia uma ameaça de bomba no local e que era preciso evacuar o prédio.

Carlos Fayal dirigia os trabalhos e insistiu nas homenagens primeiro à Vitória Grabois, pelos familiares mortos na Guerrilha do Araguaia – seu pai, seu irmão e seu marido. Em seguida, homenageia-se ZILDA, pelos filhos Yuri e Alex. Como a única filha de Mário Alves não estava presente, solicitaram-me que aceitasse receber e encaminhar quando possível à Lúcia o diploma.........

Mas mal havia recebido o diploma quando não foi possível permanecer no local pois a segurança do prédio tinha a determinação para deixar o prédio vazio.

O cinema se localiza na sobreloja e o tempo que levei para sair da sobreloja e alcançar a calçada me pareceu longo, demorado demais para atravessar...... Estava assim meio atordoada. Com uma pasta bonita, cinza, abrigando um diploma sobre a bandeira brasileira como forma de reconhecimento pelos companheiros, 4 flores, e um outro filme passando pela cabeça, o qual trazia noticia de um tempo que parecia nem querer acreditar.............

...................... o início do ano de 1970 foi doloroso demais para mim: amigos presos passando para fora dos presídios a denuncia de tortura insana que não poupava ninguém.

Em dezembro muitos companheiros fdo PCBr foram presos e logo nos primeiros dias de janeiro, buscando furar um cerco policial, são baleados Ângela Camargo Seixas e Marco Antonio da Silva Lima, militantes do PCBr que foram levados ela ao hospital do exercito e ele deixado já moribundo no hospital Souza Aguiar.

Dia 16 é preso Mario Alves e levado ao DOI-CODI na Barão de Mesquita – Quartel do Exército, onde é torturado até a morte. Sua tortura foi vista pelos presos: Raimundo Jose Barros Teixeira Mendes e Antonio Carlos de Carvalho. Dia seguinte logo cedo os presos Jose Carlos Brandão Monteiro e Manuel João, antigos militantes do PCB são levados para limparem a cela toda ensangüentada e suja de tudo que a mente humana não pode registrar. Reconheceram Mário que sussurrava pedindo água e viram retirar seu corpo moribundo e levar para onde ninguém sabe.

Assim que chega a notícia, d. Dilma esposa de Mario Alves, inicia a incansável busca pelo seu paradeiro e se torna uma das fundadoras do grupo de familiares de Desaparecidos Políticos. De aparência frágil, mas com férrea determinação, d. Dilma denuncia a prisão de seu marido e exige saber de seu paradeiro. Protocola hábeas corpus de localização perante as Auditorias Militares, entrega cartas, faz denuncias para imprensa local e internacional e essa busca se torna sua grande luta até o final de seus dias.

Em 1980 promove ação judicial contra a União, requerendo a condenação por seqüestro, seguido de prisão ilegal, tortura, morte e ocultação de cadáver de seu marido– ação que muito honrosamente foi patrocinada por mim, Abigail Paranhos e Arthur Muller.

Em 1981 a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro, prolata a sentença procedente à família de Mario Alves e declara a União culpada pela morte de Mario Alves.

Dilma morreu sem saber o paradeiro de seu marido...

Sua única filha Lucia a sucede na luta e até hoje, 40 anos após o assassinato de seu pai, não sabe o que aconteceu naquele 17 de janeiro de 1970, quando carcereiros retiraram seu pai quase sem vida e o levaram para ............

......O lugar de onde vem as ameaças de bombas; de onde vem os murros nas mesas; de onde vem os ataques de autoritarismo....

...... quem tem medo dessas homenagens?

Certamente os que têm medo da verdade!

São quarenta anos que pesaram nas costas.

No peito, uma dor; na mão um diploma para ser entregue e na cabeça a pergunta: até quando essas sombras terão medo da verdade?

Em homenagem a d. Dilma, Lucia seu marido e filhos, e todos os familiares de companheiros mortos e desaparecidos,

Continuamos exigindo o esclarecimento sobre suas mortes que somente será possível com a abertura de todos os arquivos da repressão; a localização dos restos mortais dos nossos companheiros.

(*) advogada

Data: 17. 01.2010

Um comentário:

  1. DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...




    "As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
    têm direito inalienável à Verdade, Memória,
    História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado




    O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


    No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato "JOSÉ LOURENÇO", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre Cícero Romão Batista, encarados como “socialistas periculosos”.



    O CRIME DE LESA HUMANIDADE


    O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


    A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


    Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará É de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e pelos Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



    A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


    A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.



    AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


    A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



    A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


    A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo desaparecimento forçado de 1000 pessoas do Sítio Caldeirão.


    QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


    A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem encontrar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes procurados no "Geopark Araripe" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



    A COMISSÃO DA VERDADE


    A SOS DIREITOS HUMANOS deseja apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue esta notícia em seu blog, e a envie para seus representantes na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal que informe o local da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.



    Paz e Solidariedade,



    Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
    OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
    Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
    Membro da CDAA da OAB/CE
    www.sosdireitoshumanos.org.br

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