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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

(Haiti/EUA - Política) - Exercício de hipocrisia no Haiti

Barack Obama convoca ex-presidentes Geroge W. Bush e Bill Clinton, responsáveis mais recentes pelo esquema de dominação do Haiti, para ajudarem na reconstrução do país caribenho

Mário Augusto Jakobskind

Uma semana depois do terremoto que assolou o Haiti, segue muito grave a situação. . Estados Unidos e França, os principais responsáveis pelo golpe de fevereiro de 2004 que tirou do poder o Presidente Jean Bertrand Aristide, agora aparecem como “salvadores” do país caribenho, em um grande exercício e hipocrisia.

Há que se recordar que além de ser o primeiro país das Américas a se tornar independente, o Haiti foi durante muito tempo o principal fornecedor de açúcar para a França. Depois da dominação francesa, os Estados Unidos passaram a assediar as riquezas agrícolas do Haiti e no século passado promoveram uma série de intervenções militares, sempre com o objetivo de evitar qualquer tentativa de emancipação do país, r desrespeitando a legislação internacional, tornando-se os fiadores da ditadura da família Duvalier, que manteve o povo vivendo em regime de terror.

No golpe de 2004 que retirou do governo o presidente Jean Bertrand Aristide, com o objetivo de dourar a pílula da dominação, forças de paz das Nações Unidas foram convocadas para cuidar da segurança do país. Para se ter uma idéia, em quase seis anos de presença sob o comando do Brasil, esses contingentes nada fizeram em termos de ajudar no desenvolvimento haitiano. Limitaram-se a agir na área de segurança e, segundo denúncias, promoveram uma série de violações dos direitos humanos, pouco divulgadas pela mídia conservadora, que apenas informa as versões de interesse econômico que querem tornar o Haiti um mero entreposto onde as empresas transnacionais consigam auferir maiores lucros possíveis.

Agora, com o mais forte terremoto na região em 200 anos, a miséria ficou ainda mais exposta. O mundo se comoveu.. Os meios de comunicação conservadores apresentam imagens chocantes que apenas confirmam o estado de penúria que vive a maioria absoluta dos haitianos, o que já acontecia antes do terremoto. .

Pois bem, os mesmos países que ao longo do tempo sugaram o quanto puderam o Haiti, provocando fome e miséria de amplas parcelas da população, como se nenhuma responsabilidade tivessem com o atual estado de coisas, se apresentam como os principais colaboradores da etapa de reconstrução do Haiti. Muita hipocrisia. Os Estados Unidos, por exemplo, que enviaram tropas super-equipadas sob a alegação de que “ajudarão” os haitianos, na verdade estão voltando a fazer o que sempre fizeram, ou seja, intervir e ocupar. Se quisessem mesmo ajudar e não manter o estado de exploração permanente, o governo estadunidense teria mandado muito mais equipes médicas e equipamentos. Preferiram ocupar militarmente o país, inclusive controlando o aeroporto de Porto Príncipe.

Enquanto isso, a mídia conservadora está dando grande destaque à ocorrência de saques, na prática abrindo caminho para as forças de paz e possivelmente os marines estadunidenses reprimirem a “ação dos vândalos”. A história então se repete, como farsa ou não.

Em suma: a dominação do Haiti continuará como tem sido ao longo do tempo e a mídia conservadora ignorará o que significaram os anos todos de exploração que tem sofrido o país caribenho. Silenciará também sobre a atual estratégia que vem sendo adotada bem antes do terremoto para favorecer apenas o capital, em detrimento das amplas parcelas do povo haitiano.

Em termos de mídia brasileira, os colunistas de sempre serão acionados para refletir sobre o “altruísmo” dos governos de Barack Obama e Nicolas Sarkozy. E ainda por cima já estão dando o máximo destaque ao fato de o Presidente Barack Obama convocar os ex-presidentes George W. Bush e Bill Clinton para ajudarem na reconstrução do Haiti. Seria cômico se não fosse trágico

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