Jornal Gazeta Mercantil confirma que o senador João Agripino Maia é mentiroso quando afirma que políticos do Demo, ex-PFL, nunca dfendram privatização da Petrobras
Mário Augusto Jakobskind
A direita que se alinha no Partido Democratas e no Partido do Socialismo Brasileiro (PSDB) foi pega em flagrante mentira, o que é muito comum nesse agrupamento político. Os políticos dos dois partidos não assumem o que defenderam nos anos 90, ou seja, a privatização da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Quem quiser comprovar isso basta pesquisar na Biblioteca Nacional a edição de 8 de agosto de 1997 do jornal Gazeta Mercantil. Nesta edição, próceres do então Partido da Frente Liberal, hoje Demo, como o então presidente Jose Jorge e o deputado Inocêncio de Oliveira, o tal que posteriormente foi acusado de em suas propriedades rurais existirem trabalho escravo, defendiam escancaradamente a privatização da Petrobras.
Informava então a Gazeta Mercantil que “o presidente do PFL, deputado Jose Jorge disse que há um consenso entre os pefelistas de que, num possível segundo mandato, o presidente (Fernando Henrique Cardoso) deve acelerar as privatizações e que a Petrobras e o Banco do Brasil devem ser incluídos no processo”.
Pois bem, de que adianta então o senador Jose Agripino Maia, claro, do Demo, vir a público dizer que a candidata do PT, Dilma Roussef mente quando diz que a oposição de direita defendeu a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e tudo o mais que fosse possível em termos de estatais.
O, este sim, senador mentiroso quer agora livrar a cara dos seus correligionários, que sempre defenderam o sucateamento das estatais e faziam isso enchendo o peito para dizer que quem era contra era jurássico.
Agripino Maia, os da família Bornhausen, Jorge o pai, e agora o filho de nome Paulo, e demais direitistas não podem negar o que está no sangue, ou seja, a defesa incondicional do mercado. José Roberto Arruda, que seria o vice de José Serra, está no mesmo time. Foi pego em flagrante delito na condição de governador de Brasília.
Na mesma linha de defesa da privatização das estatais estão o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, o governador de São Paulo, José Serra. Então, porque a covardia de não assumir o que está no ideário do agrupamento político a que eles pertencem?
Cardoso tem mais uma agravante. Como Presidente da República por dois mandatos ele facilitou as privatizações a preço de banana. Deve elevar as mãos para o céu porque não teve o mesmo destino que ex-presidente da mesma linha como o argentino Carlos Menem, o mexicano Salinas de Gortari, que chegou a ser o guru de FHC, e Alberto Fujimori, que tiveram de responder na Justiça pelo que fizeram quando chefiavam o executivo dos seus países. Cardoso segue sem ser incomodado e ainda por cima retorna nos jornais conservadores como O Globo e O Estado de S. Paulo para defender o indefensável, ou seja, o que fez nos oito anos de governo.
Em suma: por que será que os políticos do PSDB e do Demo não assumem o que são verdadeiramente? Querem enganar a quem? Aos eleitores, porque não se apresentam cristalinamente defendendo posições como as favoráveis as privatizações de estatais que restaram. E a Petrobras, diga-se de passagem, só não foi totalmente sucateada porque houve reação popular, o que não estava no programa da direita agrupada no PSDB e Demo.
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