Um "perigosa" suspeita de ser terrorista

Um "perigosa" suspeita de ser terrorista
Menina de 6 anos no index dos EUA

Seleção argentina apoia Avós da Pça. de Mayo para o Nobel da Paz

Seleção argentina apoia Avós da Pça. de Mayo para o Nobel da Paz
Seleção de Maradona é politizada

Matéria paga censurada pelo Financial Times

Matéria paga censurada pelo Financial Times
Grande imprensa britânica não se comporta democraticamente

Barão de Itararé

Barão de Itararé
Pai da imprensa alternativa, um batalhador de causas justas e muito bem humorado

Crianças palestinas acorrentadas

Crianças palestinas acorrentadas
A foto fala por si só

Piñera y al fondo su mentor

Piñera y al fondo su mentor
Será coincidência?

Manchete de jornal venezuelano em 1992

Manchete de jornal venezuelano em 1992
El Nacional informa

Ministro Jobim não se dá ao respeito

Ministro Jobim não se dá ao respeito
Em traje de campanha, Ministro da Defesa se exibe para a mídia

Personagens da época da Guerra Fria

Personagens da época da Guerra Fria
EUA patrocinou o golpe que derrubou Jango

Ingerência da CIA na Colômbia

Ingerência da CIA na Colômbia
Uribe acabou e agora faz falta um outro de melhor aparência

Uribe no fim de linha

Uribe no fim de linha
Presidente colombiano é marionete dos EUA

Coca Colla boliviana

Coca Colla boliviana
Refrigerante competirá com a Coca-Cola na Bolívia

A importância da agroecologia

A importância da agroecologia
Transgêniucos prejudicam a agroecologia

Uma publicação sintonizada no seu tempo

Uma publicação sintonizada no seu tempo
New Left Review

Plataforma Ocean Guardian

Plataforma Ocean Guardian
Objetivo é encontrar um mar de petróleo nas Malvinas

Cutrale a, a multinacional que tudo pode

Cutrale a, a multinacional que tudo pode
Alerta de Latuff

Uma visão sobre a impunidade

Uma visão sobre a impunidade
O desejo de muitos brasileiros

Mais arte popular desconhecida do Haiti

Mais arte popular desconhecida do Haiti
Visão de mulheres trabalhadoras haitianas

A pouco conhecida arte do Haiti

A pouco conhecida arte do Haiti
As riquezas da cultura do Haiti

General Lazaro Cardenas y Fidel em 1959

General Lazaro Cardenas y Fidel em 1959

america latina

america latina

a gente não se despede de mario benedetti

a gente não se despede de mario benedetti
um escritor imortal

boris casoy

boris casoy
boris para o lixo

sexta-feira, 11 de junho de 2010

(Brasil - Meio Ambiente) - Mídia gaúcha ignora vazamento de Petróleo no RJ

Tragédia do Golfo do México (EUA) monopoliza cobertura, sendo que o incidente que originou o vazamento de 1.500 litros em Campos, reportado pela agência EFE, não mereceu uma mísera linha da mídia impressa gaúcha

Renato Gianuca

Fonte: EcoAgência de Notícias Ambientais.

“Petrobras detecta vazamento de petróleo na Bacia de Campos.” Esta a manchetinha da agência de notícias espanhola, EFE, em breve nota nesta terça-feira dia 8 de Junho, bem cedo. “Incidente junto à costa fluminense, segundo a empresa, já foi controlado”, acrescentava a EFE.

Sempre atenta ao noticiário, a jornalista Eliege Fante apressou-se em enviar a novidade aos colegas ecojornalistas brasileiros e internacionais. Era, então, de se esperar uma cobertura ao menos razoável deste incidente por parte da grande mídia corporativa gaúcha e nacional.

Afinal, permanece nas manchetes diárias o grave desastre ambiental nos Estados Unidos, o mais grave da turbulenta História daquela nação, cobrindo de óleo e dispersantes altamente tóxicos o litoral e as praias de ao menos quatro estados norte-americanos, sendo a Flórida o mais conhecido dos turistas brasileiros.

Mas, ao menos na mídia gaúcha, a notícia da Bacia de Campos passou em brancas nuvens. E isso que tanto a “moderna” Zero Hora bem como o vetusto Correio do Povo continuaram cobrindo, em suas edições desta quarta, 09 de Junho, a tragédia do Golfo. ZH, inclusive, dedica nas suas páginas iniciais, as 4 e 5, duas matérias fartamente ilustradas sobre o desastre, sob a manchete: “Flagrantes do desastre. Inferno em alto-mar”.

Mais comedido, ou com menos espaço – como queiram – o Correio do Povo, nas páginas internacionais, destaca: “Há um segundo vazamento no Golfo”. E acrescenta, em telegrama desde Nova Orleans: “O jornal The Press Register, do Estado do Alabama, nos EUA, afirmou ontem haver um segundo vazamento de petróleo no Golfo do México. É na plataforma Ocean Saratoga, operada pela Diamond Offshore Drilling. (...) Já haveria no mar mancha de 16 quilômetros de extensão”.

Pois, apesar de todas estas notícias de impacto, o incidente reportado pela agência EFE não mereceu uma mísera linha da mídia impressa gaúcha.

O vazamento foi de cerca de 1.500 litros de petróleo, perto de uma das plataformas da Petrobras nas águas da Bacia de Campos. Já controlado, o vazamento foi localizado a 160 quilômetros da costa da cidade fluminense de Macaé, nas proximidades da plataforma P-47, explicou a Petrobras em seu comunicado. O vazamento aconteceu antes do começo de transferência do petróleo.

E a empresa ativou em seguida o protocolo de emergência para evitar riscos ambientais e aos seus funcionários. Um helicóptero e quatro embarcações foram utilizados para o controle do vazamento. Foi constatado posteriormente que não havia resíduos de petróleo no litoral do Estado do Rio de Janeiro, conclui a breve nota da agência espanhola de notícias.

Um exercício visual mostra extensão do desastre nos EUA

Agora, proponho um rápido exercício visual, só para se ter uma idéia aproximada do tamanho do desastre ecológico na área do Golfo, após a explosão da plataforma operada pela British Petroleum (BP), na madrugada de 21 de Abril passado. Hoje, dia 09 de Junho de 2010, nos Estados Unidos, a mancha de petróleo e dispersantes químicos despejados no litoral dos EUA cobriria, no Brasil, toda a extensão do Estado do Rio de Janeiro e boas partes dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. É uma vasta área. E dá apenas uma pálida idéia do tamanho da encrenca em que estão envolvidos, mais além da BP e das mais altas autoridades dos EUA, toda uma área de preservação e um santuário de espécies marinhas, peixes e crustáceos e aves. Como os pelicanos vistos nas tevês mundiais a morrer aos poucos, totalmente cobertos de petróleo.

Serão necessárias algumas décadas para limpar por completo o meio ambiente afetado naquela região dos EUA, dizem as autoridades. “A BP insultou o povo norte-americano”, afirmam parlamentares responsáveis pela comissão de inquérito que investiga o desastre ambiental.

Durante o recente 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia, realizado nas dependências da FURG, na cidade marítima de Rio Grande, o professor carioca Luiz Henrique de Figueiredo já havia destacado: um derramamento de petróleo no litoral brasileiro, semelhante ao que se verifica hoje, nos EUA, seria altamente desastroso. (Ver: Brasil: vazamento de petróleo no litoral preocupa”, notícia desta EcoAgência do dia 26 de Maio de 2010).

Segundo o especialista, PhD em Química Ambiental, falta ao Brasil um Plano Nacional de Contingências capaz de prevenir, durante a futura exploração das camadas de pré-sal, qualquer desastre similar ao que agora devasta o Sul dos Estados Unidos. Os oceanógrafos brasileiros estão preocupados: uma exploração adequada da área do pré-sal vai demandar, da Petrobras e de seus parceiros, altos investimentos em tecnologia de ponta. Para extrair com toda a segurança a imensa riqueza ali depositada. E, finalmente, para que esta riqueza nacional seja distribuída de maneira equitativa à ampla maioria de cidadãos e cidadãs brasileiros.

(*)Jornalista, repórter da EcoAgência de Notícias Ambientais.

Data de Publicação: 9.6.2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário