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domingo, 23 de maio de 2010

(Brasil - Movimentos Sociais) - Coordenador do MST analisa conjuntura brasileira e a eleição

João Pedro Stédile na 9ª Jornada de Agroecologia em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná analisa as candidaturas de Serra e Dilma
Pedro Carrano

Fonte: Terra de Direitos

A candidatura Serra agrega latifundiários e o agronegócio, a classe média conservadora de São Paulo, setores industriais e financeiros. enquanto a candidatura de Dilma Rousseff agrega setores da burguesia financeira e industrial, mas dentro dela também está presente a ampla maioria da classe trabalhadora, do campo e da cidade, se vê representada. “Não é um projeto da classe trabalhadora, mas têm dentro de si representados interesses da classe trabalhadora”

O dirigente do MST avalia ainda que o movimento social encontra-se num período de resistência e construção.

João Pedro Stédile analisa que a esquerda e os movimentos sociais estão em um período de resistência. Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os tempos de recuo das lutas sociais, depois da derrota do projeto da esquerda, em 1989, começam a ficar para trás. Mas ele ressalta que as organizações não retomaram a ofensiva e ainda não conseguem impor à burguesia seu próprio projeto: “Paramos de descer, mas ainda não começamos a ofensiva contra o Capital”, expôs no terceiro dia da nona Jornada de Agroecologia, realizada em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná.

O atual período, no Brasil e na América Latina, é caracterizado pelo dirigente sem-terra como de derrotas e crise do projeto neoliberal da burguesia. Iniciado na Venezuela, este processo estimulou lutas no continente. Atualmente, a burguesia carece de um projeto que dê conta de solucionar as carências das populações trabalhadoras.

Noutros períodos históricos, foi diferente. Após o final da Segunda Guerra, na curva histórica entre os anos de 1945 e 1973, houve uma garantia de pleno emprego e concessões por parte da classe dominante. “A burguesia não resolveu os problemas fundamentais do povo brasileiro. Estão latentes. Entre 1945 e 1973, a classe aumentou muito o salário. Todos tinham casa e escola. Não é o que acontece hoje no Brasil e no mundo”, narra.

Para exemplificar a atual situação, Stédile cita dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Se, na década de 1960, sessenta milhões passavam fome, hoje este número se elevou para um bilhão de pessoas – o que reforça as condições objetivas para um aumento das reivindicações e revolta. Embora as condições subjetivas e de ânimo da classe trabalhadora para a luta não estejam colocadas no atual momento.

Táticas combinadas

A burguesia busca controlar o Estado brasileiro, a principal fonte de acúmulo de riquezas, a partir da chamada mais-valia-social, que o Estado concentra anonimamente, por meio de impostos, explica Stédile. O dirigente critica a concepção das organizações que apostam todas as fichas no processo eleitoral e institucional. Criticou também as correntes “idealistas”, que colocam o problema do socialismo como um ato de vontade, num horizonte próximo. “Não conseguimos forças nem para tirar o presidente do Banco Central”, ironiza. Segundo ele, o acúmulo dos movimentos em torno da Via Campesina aponta para as duas táticas combinadas, entre as lutas social e institucional.

Sobre o momento das eleições, Stédile analisa que a candidatura Serra agrega latifundiários e o agronegócio, a classe média conservadora de São Paulo, setores industriais e financeiros. No mesmo sentido, a candidatura de Dilma Rousseff agrega setores da burguesia financeira e industrial, mas dentro dela também está presente a ampla maioria da classe trabalhadora, do campo e da cidade, se vê representada. “Não é um projeto da classe trabalhadora, mas têm dentro de si representados interesses da classe trabalhadora”, coloca. “Voto depende de uma posição de classe. É necessário derrotar a candidatura Serra, para impedir que a candidatura Serra coloque o seu projeto no Brasil. Temos que ganhar fôlego para seguir avançando a luta”, explica.

Enfrentamento no campo

Na agricultura, dois projetos estão visivelmente em disputa. “Na agricultura, nunca na História do Brasil houve o enfrentamento tão claro de classe”, provoca Stédile, contextualizando que, em outros períodos do Brasil, por vezes os projetos se confundiam, devido ao interesse da burguesia industrial pela reforma agrária, para a criação de mercado interno, uma situação inexistente nos dias de hoje. “No modelo do agronegócio não há espaço para o camponês. Não precisamos existir para o agronegócio ganhar seu dinheiro”, comenta.

O tema dos agrotóxicos deixa o modelo do agronegócio e transnacionais de calças curtas. O aumento do consumo é diretamente proporcional ao adoecimento da população. Stédile cita dados dos EUA, país onde 50% da população desenvolve câncer devido aos alimentos contaminados. Para os camponeses, neste sentido, lutas locais são necessárias, para garantir, por exemplo, que 30% das merendas sejam compostas pela agricultura familiar.

O intercâmbio entre os saberes populares é uma forma de elevar o nível de consciência do povo. Acúmulo de forças e tática de resistência são as palavras para o período: “Este é um período de plantar árvores, ao contrário da alface e do feijão, a árvore não pára de produzir frutos e não morre cedo. Temos que plantar para o futuro”, afirmou.

Data de Publicação: 22-05-2010

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