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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

(Oriente Médio - Organizações políticas e militares) - A guerra contra o terrorismo não existe

Escritor e jornalista estadundense analisa ação de grupos combatentes no Oriente Médio e embora discurdando dos métodos reconhece a legitimidade dos mesmos 
Fonte: IPS/Envolverde


São Francisco (Estados Unidos)  – Washington "confunde intencionalmente a Al Qaeda com outros grupos ao redor do mundo que lutam por sua independência e libertação, já que é uma forma conveniente de obter apoio e manter as pessoas assustadas", afirma o escritor e jornalista norte-americano Reese Erlich. "Não existe a guerra contra o terrorismo", disse à IPS.

Baseado em investigações originais e entrevistas, o novo livro de Reese "Conversations with terrorists" apresenta interessantes retratos de seis líderes polêmicos. Entre eles estão o presidente da Síria, Bashar Al Assad, o máximo líder do palestino Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), Khaled Mashal, a política direitista israelense Geulah Cohen, e o fundador da Guarda Revolucionária Iraniana, Mohsen Sazegara.

Também estão presentes o assessor espiritual do movimento xiita libanês Hezbolá (Partido de Deus), o grande aiatolá Mohammad Fadlallah, e o chefe do Ministério de Rádio e Televisão sob o regime islâmico talibã afegão, Malamo Nazamy. "Alguns deles eu já havia entrevistado antes de me ocorrer a ideia do livro.

Por exemplo, Bashar Al Assad e Khaled Mashal", disse Reese. "São acusados nos Estados Unidos tanto de serem terroristas como de patrocinarem o terrorismo de Estado".


"O terrorista de ontem é hoje um líder nacional, e o  combatente pela liberdade hoje pode passar a ser qualificado de terrorista amanhã", acrescentou Reese, coautor de livros como Target Iraq (Objetivo Iraque), de 2003, e Iran Agenda (Agenda Irã), de 2007. O escritor contou à IPS detalhes de seu último livro.

IPS: O que seus leitores podem aprender com as entrevistas com aqueles que são acusados de terrorismo ou de apoiá-lo?

Reese Erlich: O objetivo do livro é fazer com que as pessoas conheçam quem são os acusados de terrorismo, ou que poderiam ser considerados terroristas, e o que realmente reclamam e o que ocorre em seus países.

IPS: Em um dos capítulos, o senhor diz que o aiatolá Mohammad Fadlallah é uma "vítima da CIA" (Agência Central de Inteligência). O que isto significa?

RE: Bem, os Estados Unidos estavam absolutamente convencidos de que Fadlallah era o cérebro por trás do atentado a bomba contra os quarteis-generais dos fuzileiros navais em Beirute (1983). Contrataram um agente libanês para matá-lo. E isto está assinalado no livro "Veil" (Véu), de Bob Woodward. Confirmamos isso com Fadlallah na entrevista. É um caso muito bem documentado que foi
informado em seu momento. Em 1985, um agente que trabalhava para a CIA explodiu um edifício de apartamentos onde vivia o aiatolá Fadlallah. Morreram 80 civis, mas ele estava fora de casa naquele
momento. Pouco depois foi demonstrado que Fadlallah não tinha nada a ver com o atentado. Isto me foi confirmado por Bob Baer (ex-agente da CIA no Oriente Médio), que estava em Beirute na época e
investigava o caso. Isto constitui um sério alerta de que cada vez que se ouve a imprensa norte- americana dizer que este ou aquele terrorista foi assassinado, é preciso manter uma atitude cética.

IPS: Em um dos capítulos o senhor entrevista Mohsen Sazegara, ex-membro da Guarda Revolucionária Iraniana. Qual sua opinião sobre essa organização militar?

RE: Não há dúvidas de que o governo iraniano se envolve em táticas terroristas. Por exemplo, assassinaram alguns líderes do KDP (Partido Democrático do Curdistão) na Alemanha. É um clássico atentado terrorista fora de suas fronteiras. Faço uma distinção entre isso e um legítimo grupo que luta pela independência de seu país ou pela libertação de algum tipo de ocupação.

IPS: E o Hamas e o Hezbolá?

RE: Passei um tempo com os dois grupos. Do ponto de vista político, discordo totalmente deles e deixo claro que fazem coisas horríveis, e que se eu fosse libanês ou palestino não votaria neles nas eleições, escolhendo outras pessoas que querem ver um progresso político nos dois países. Mas são forças políticas legítimas. Ganham significativas quantidades de cadeiras no parlamento. O Hezbolá hoje faz parte da coalizão governante no  Líbano. O Hamas, de fato, venceu as eleições palestinas, que  foram livres e justas. Por isso, simplesmente qualificá-los de terroristas não faz bem. Tem de ser parte de um processo de negociação política.

IPS: Se um grupo político legítimo participa de assassinatos de pessoas ao acaso, não é suficiente para qualificá-lo de organização terrorista?

RE: Tanto o Hamas quanto o Hezbolá utilizam táticas terroristas. Não há dúvida disso. O governo israelense usou táticas terroristas contra libaneses e palestinos. Ceio que não há dúvidas disso. Mas ambos são muito diferentes da Al Qaeda, que quer levar adiante uma campanha sem fronteiras e não é parte de nenhum movimento de libertação nacional. Coloca o terrorismo no centro de suas crenças e táticas. Esse não é o caso do Hezbolá e do Hamas. E os Estados Unidos sabem bem disso.

IPS: Qual sua avaliação do Talibã, após ter entrevistado Malamo Nazamy?

RE: Nazamy considerava o Talibã um legítimo grupo de libertação, que traria estabilidade, a lei islâmica e a justiça ao Afeganistão. Sem dúvida não considerava a si mesmo um terrorista. Foi chefe da rádio e da televisão afegãs e se negava às demandas de outros líderes talibãs de destruir os arquivos de imagem, e é muito conhecido por isso. Hoje mantém muitas de suas ideias sobre o Islã, a forma de governo, as atitudes quanto às mulheres, etc. Porém, está disposto a permitir que tropas dos Estados Unidos permaneçam um tempo no Afeganistão até que seja possível realizar negociações, e isso parece
suficiente para convertê-lo em um aliado do presidente Hamid Karzai e de Washington.
Data de Publicação: 12/11/2010

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