Jornalista Luiz Claudio Cunha estava sendo processado por policial envolvido no caso
Fonte: Coletiva.Net
A ação por dano moral movida por João Augusto da Rosa, conhecido como "Irno", servidor da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, contra o jornalista Luiz Claudio Cunha e a L&PM Editores, foi julgada improcedente.
O policial alegava que, no livro escrito pelo jornalista -‘Operação Condor: O Sequestro dos Uruguaios’, foi acusado de ter participado, em novembro de 1978, do evento conhecido como sequestro da Rua Botafogo, "reabrindo injusta revolta popular". Irno esclarecia que foi processado pelo crime e absolvido em decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado, decisão não citada no livro, que se limitou a informar a condenação de primeiro grau. Além disso, afirmou que foram publicadas fotos suas sem autorização.
O jornalista escreveu sobre o sequestro do casal Universindo Diaz e Lilian Celiberti, que se opunha à ditadura no Uruguai. O caso é um desdobramento da Operação Condor, uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras instaladas nos seis países do Cone Sul.
Conforme publicado no site Espaço Vital, a editora L&PM destacou que “a obra aborda episódio público e notório, ocorrido durante o regime militar". O jornalista Cunha lembrou que os fatos e as fotografias presentes no livro já foram amplamente divulgados nos meios de comunicação, sem que esses tivessem sido processados. Também mencionou que, na época do julgamento criminal, os uruguaios sequestrados estavam presos e, portanto, impossibilitados de serem ouvidos. Como testemunha de defesa, foi ouvida Lilian Celiberti, que atualmente vive em Montevidéu.
A sentença foi proferida pela juíza Claudia Maria Hardt e cabe recurso de apelação
Data da Publicação: 8.7.2010
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